Primeiramente é imperativo que seja evitado a utilização de práticas de cunho religioso como rezas, orações, simpatias e afins no desempenhar de sua prática terapêutica, por se tratar de atos de fé e não de ferramentas que compõe o arsenal terapêutico das técnicas de terapias naturistas e holísticas.
Devemos observar que a cada dia as terapias holísticas deixam o campo do conhecimento popular e passam para o sítio da Medicina Bioenergética e das práticas de promoção de saúde e qualidade de vida, devidamente reconhecidas e respeitadas no meio científico vigente, como a exemplo da Fitoterapia que recentemente foi regulamentada pela ANVISA – Agencia Nacional de Vigilância Sanitária.
É fato que o misticismo existe e permeia todas as coisas neste universo do qual fazemos parte, todavia o bom profissional deve saber diferenciar a técnica da crença, a razão da fé.
O profissional que erroneamente insistir em descumprir esta norma de conduta deve saber que está voluntariamente se colocando numa posição de risco, pois o mesmo, a qualquer tempo, poderá ser enquadrado nos Arts. 283 e 284 do Código Penal, charlatanismo e curandeirismo respectivamente.
Outra coisa que acontece erroneamente é o fato de convencionar como Dr. (doutor) todo o profissional médico ou de outras áreas da saúde como Psicólogos, Fonoaudiólogos e demais, pior ainda quando empregado para advogados e outros profissionais. Este costume popular expressa completa ignorância quanto à formação acadêmica de um profissional nas esferas da educação.
Doutor é todo aquele profissional que cursou pós-graduação em Doutorado, assim como Mestre é todo aquele que cursou pós-graduação em Mestrado, Bacharel, da mesma forma é todo aquele que cursou Bacharelado, Especialista por sua vez é o que cursou Especialização e assim por diante.
O médico que cursou apenas faculdade de medicina não é ―doutor‖ e sim médico.
Não é difícil ver profissionais diversos se apresentando como Dr., inclusive em materiais de divulgação como cartões de visita, prospectos e outros.
Já vimos inúmeros cartões de visitas de nutricionistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas que diziam ―Dr. Fulano de Tal‖, o que é um erro. Erro este que o Terapeuta Holístico não deve incorrer, pois as demais profissões da área de saúde possuem Conselhos que as regulamentem (e defendem), já se estabeleceram, deixaram de ser ameaça a classe médica, tendo a termologia se tornado popular, passando para a esfera do direito adquirido e mesmo assim não é difícil estes profissionais recebendo visitas de Fiscais do CFM (Conselho Federal de Medicina) sob acusação de falso exercício da medicina, que dirá com os Terapeutas Holísticos que cometerem este deslize.
Existe uma dificuldade de aceitação por partes de outros profissionais da área de saúde com relação às Terapias Holísticas, o que se torna até compreensível, uma vez que o ser humano é muito relutante a novidades e transformações.
A Terapia Holística está em foco, muitos colegas são perseguidos, por este motivo, utilizar o título de ―Dr.‖ é no mínimo imaturidade, que poderá gerar sérios problemas futuros.
Mantendo esta mesma linha de raciocínio:
Terapeuta não tem ―CONSULTÓRIO‖, mas sim ―Espaço Terapêutico‖.
Não usa ―RECEITUÁRIO‖, mas ―Bloco de Orientação Terapêutica‖.
Não deve utilizar a palavra ―DOENÇA‖, mas ―Disfunções‖, substituindo frases como, por exemplo: ―Tratamento de doenças circulatórias‖ por ―tratamento de disfunções do sistema circulatório‖.
Não empregar a palavra ―CURA‖, pois o classificaria como curandeiro, uma vez que cura é subjetivo e ninguém pode garantir que consegue curar outrem (nem mesmo médicos), ao invés disso, empregar a palavras ―equilíbrio‖ ou ―melhora dos sintomas‖.
Terapeutas não fazem ―DIAGNÓSTICOS‖, mas ―Diagnoses‖.
Terapeutas não têm ―PACIENTES‖, mas sim ―Clientes‖.
Terapeutas não ―PRESCREVEM‖, e sim ―Indicam‖ ou ―Orientam‖ e sobretudo, em hipótese alguma empregar a palavra ―MEDICAMENTO‖ que até mesmo por uma questão de semântica sugere a presença de um MÉDICO, podendo substituir ―MEDICAMENTO‖ por ―Remédios‖, ―Extratos‖ ou ―Essências‖.
São cuidados simples, mas quando bem observados e seguidos podem evitar complicações desnecessárias.
TABELA DE TERMOS MÉDICO TERAPEUTA HOLÍSTICO
Consultório Espaço Terapêutico
Receituário Bloco de Orientação Terapêutica
Prescrição Indicação / Orientação
Medicamento Remédio / Extratos / Essências
Diagnóstico Diagnose (iridologia, bioeletrografia e outros)
Doenças Desequilíbrios / Disfunções
Paciente Cliente
Cura Equilíbrio / Melhora de sintomas
BLOCO DE ORIENTAÇÃO TERAPÊUTICA E CARIMBO
O Bloco de Orientação Terapêutica deverá ser confeccionado em gráfica segundo o modelo proposto logo abaixo.
Diâmetro: 15 cm de largura por 21 cm de altura Fontes (tipo da letra): Evite utilizar fontes muito artísticas ou desenhadas, visando dar um ar mais sóbrio para o bloco, por este motivo as fontes sugeridas seriam (Calibri, Arial, Times New Roman e outras similares.
Cor das letras: Evite cores muito chamativas como vermelho ou rosa, e ainda cores muito claras como amarelo ou verde claro, o ideal é utilizar cores mais forte como preto, azul marinho, verde musgo e similares.
A confecção do carimbo é simples uma vez que o mesmo é um produto confeccionado por profissional qualificado, sendo assim, basta que você informe o conteúdo do que deverá ser MANUAL DE CONDUTA DO TERAPEUTA HOLÍSTICO DESPERTALISTA 2ª Edição, RJ, 2010. 11 escrito carimbo e caberá ao profissional as diagramações. Evite letras muito desenhadas ou artísticas, escolha sempre letras tradicionais e de fácil compreensão.
Autora: Drª. Soraya Fontoura
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